No dia 24 de maio, vigilantes de todo o Brasil se uniram às milhares de pessoas no movimento histórico “Ocupa Brasília” em defesa dos seus direitos. Entidades sindicais e federações de vigilantes vieram em peso na capital do país, protestar contra as reformas trabalhista, previdenciária e contra o fim da aposentadoria especial dos vigilantes.
O movimento transcorria normalmente, não fosse à ação desastrosa da polícia, que não permitiu um ato civilizado e democrático. Claro que algumas exceções aos atos de grupos de Black Blocs que já vieram dispostos a atacar. Mas a manifestação foi uma demonstração do que será o futuro do nosso país se o Temer ainda insistir em ficar no governo.
Os vigilantes que tinham a missão de entregar uma Carta aberta ao Senado Federal, tiveram que adiar a entrega. A carta pleiteia que a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) proponha uma emenda, para que seja assegurada a aposentadoria especial dos vigilantes. Direito que foi conquistado após muita luta da categoria.
Ontem o povo trabalhador brasileiro, que está sofrendo o maior retrocesso de sua história, com a reforma da previdência e trabalhista, só queria ser ouvido. Mas o governo golpista foi covarde e até o exército chamou.
E pelo que vimos, a ordem é atirar, matar, e infelizmente o trabalhador vai revidar, quebrando, incendiando, até que ouçam sua voz. Um manifestante ficou ferido com os disparos feitos pela polícia noticiado nos jornais.
Mas a verdadeira versão foi que os policiais não esperaram. Não deu tempo nem de gritar o engasgado “Fora Temer”, nos receberam com gás. E o governo repetiu a ação sofrida pelos professores no Paraná, mandou a cavalaria atacar, viaturas do Bope foram chegando, logo em seguida o exército e de sobra o nosso movimento criticado, mais uma vez.
Mas o que importa é que estamos fazendo a nossa parte, pois nunca conseguiremos agradar a todos. Ainda mais quando temos a grande mídia contra nós.
Saímos de mais essa batalha com a sensação do dever cumprido, e nunca hesitaremos em lutar, por muitos daqueles que nem se quer sabem da nossa existência. Entretanto como “pais” dos trabalhadores, e mesmo tendo filhos que não nos aceitam, serão sempre nossos filhos. E como bons pais que somos nunca deixaremos que nada de ruim lhes aconteçam.
Dias piores virão e temos que estar preparados para enfrentarmos esse ditador chamado Temer.
